sexta-feira, 15 de outubro de 2010

4 - A Batalha de Badajoz

Em Maio de 1169, Geraldo atacou Badajoz e tomou a cerca, mas a guarnição refugiou-se na alcáçova. Então Geraldo pediu ajuda a Afonso Henriques para sitiar a alcáçova. O perigo era grande para Leão e para os muçulmanos.
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A notícia chegou célere a todos. Fernando II enviou uma expedição, que chegou a tempo de evitar a conquista da cidade pelos Portugueses. Estes ficaram entre dois fogos: os Almóadas na alcáçova e os Leoneses a cercarem a cidade.
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Os Portugueses tentaram escapar a esta situação melindrosa, fugindo precipitadamente, mas um pormenor deitou tudo a perder. Aconteceu que o cabo do ferrolho de uma das portas não ficara bem recolhido e ao abrir, o cavalo, que ia galope, topou nele com a ilharga de guisa, e D. Afonso Henriques feriu-se com gravidade. O cavalo que ia ferido, não podendo mais suster-se, caiu com el-rei sobre a mesma perna, e acabou por a quebrar de tal maneira que os seus homens não o puderam levantá-lo e pô-lo no cavalo.
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Capturado com Geraldo pelos Leoneses, esteve Afonso Henriques dois meses prisioneiro do rei de Leão, seu genro, numa situação de extrema fragilidade política, mas este, cavalheirescamente apenas terá exigido: «Restitui-me o que me tiraste e guarda o teu reino».
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Assim, D.Afonso Henriques teve que devolver os condados galegos de Límia e Toronho e todas as terras da Extremadura espanhola, da margem esquerda do Guadiana. Ficava assim desfeita a conquista da Galiza e, respeitando esse pacto, só restava a Afonso Henriques avançar para Sul, através de território muçulmano, se quisesse aumentar o seu reino.
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Também Geraldo, capturado, teve que devolver a Fernando II as terras «da conquista de Leão» e a Fernando Rodriguez de Castro, as terras «castelhanas» de Montanchez, Trujillo, Santa-Cruz e Monfra.

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